A morte nos astros

Camila Appel

Morte e Astrologia – Entrevista com Claudia Lisboa

Muitos procuram a astrologia como forma de auto-conhecimento, numa leitura em que as conjunções dos planetas se transformam em traços psicológicos e comportamentais. O mapa natal serve de guia para a compreensão do indivíduo no mundo. Outros a procuram como uma ferramenta de previsão de futuro, buscando na revolução solar, trânsitos e direções, indícios do que vai acontecer e nessas revelações se apoiar para a tomada de uma decisão, por exemplo.

A relação mais comum que se faz entre astrologia e morte é sobre a previsão da morte de determinada pessoa. Quando o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos morreu, por exemplo, astrólogos vieram a público analisando seu mapa astral e indicando onde o ponto de morte estaria explícito.

 Claudia Lisboa, astróloga do jornal “O Globo”, professora de astrologia e escritora (publicou em 2013 “Os Astros sempre nos acompanham”, pela editora Best Seller), acredita que a astrologia não pode prever a morte de alguém, mas os dois temas estão intimamente interligados, como ela coloca na entrevista abaixo, concedida exclusivamente ao blog. Ela segue uma astrologia chamada de “astrologia contemporânea”, que difere de outras como a clássica e a indiana.

“Morte sem Tabu” se propõe a falar abertamente sobre a morte, e por isso decidi trazer pessoas dispostas a pensar na relação da morte com seu ofício e com seu modo de viver.  Essa é a primeira de uma série de entrevistas que serão feitas.

Gostaria de destacar uma parte da entrevista em que Claudia generosamente se expõe aos meus leitores. Ela assume pensar muito mais em se preparar para envelhecer bem do que pensar na sua própria morte, “há um tabu enorme com a palavra envelhecer e eu quero quebrar esse tabu, quero envelhecer bem e não disfarçar o envelhecimento nem do meu corpo, nem da minha alma”.